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Pesa-me agora a distância, visível nos meus olhos. Doí-me o corpo, e isso porque tenho saudades do teu toque. Não é dizer-te adeus que me magoa, é ver-te afastares-te de mim em câmara lenta, como nos filmes. Mas como nos filmes, também te beijei como se não houvesse amanhã. E amei-te mais em três dias, do que nos dois anos que já passamos lado a lado. E ter saudades tuas é inevitável, mas nunca tanto quanto esta que me obrigas a carregar. E és-me tanto, quando te refugias bem perto do meu pescoço e respiras de mim todos os meus medos e injustiças... ah, e aninho-me, nessas tuas covinhas pequenas, em cada canto dos teus lábios. Nada disto, se compara a nenhuma canção de amor ou romance... e cada vez menos confio no que sinto por ti, porque cada vez é maior. O meu coração já fugiu de mim há muito e quem o guardou foste tu... andas por aí, e pensas que eu não sei que me tens, guardado nessa tua gaveta. Aliás, onde guardas todos os traços que marcaste em mim... e sinto falta de entrar porta dentro, como fiz num dia quente de verão. Quando te vi, guardei-te... e foste tu que me salvaste, agora sou eu que te afogo. E tu não pareces importar-te, porque pedes sempre para ver o bater do teu coração e escutar-te, numa melodia sem fim. E mesmo que um dia, te vás com o vento... serás sempre a folha mais bonita que apanhei no meu quintal, um sorriso que despertou no meio da minha face lavada de mágoas, serás sempre o meu sentido pejorativo. E isto são só meras palavras... todas sem sentido; pois todo o sentido que tenho e que a minha vida me deu, remete-se apenas para uma simples palavra: Amo-te

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